Quando Nino Carvalho propôs um Sou+Web com a professora Caroline Haythornthwaite, eu tinha certeza que o evento seria um grande sucesso. Afinal, a professora Caroline é uma das maiores especialistas em estudos de redes sociais no mundo e, mesmo sendo da área acadêmica, eu sabia que iria trazer uma grande colaboração. O Sou+Web 8 foi realizado no último dia 18, no auditório do curso de inglês IBEU, em Copa, com direito a wi-fi de qualidade (cadê o meu netbook???).
Para quem não a conhece, a professora Caroline Haythornthwaite trabalhou por dez anos na I. P. Sharp Associates (IPSA), uma das maiores empresas canadenses em consultoria e serviços em TI nos anos 70 e 80 , desenvolvedora da linguagem de programação APL. Em, 1981, Caroline já usava um dos primeiros programas de email - o que a faz, em suas próprias palavras, se sentir um dinossauro geek. Além disso, ela trabalhou com o professor Barry Wellman, especialista em redes sociais. Em 1996, decidiu começar a carreira acadêmica e passou a ser professora da Universidade de Illinois, EUA. Uma das principais razões de sua vinda ao Brasil foi o estudo que escreveu sobre redes sociais que esse que vos bloga teve a oportunidade de conferir.
Mais rápido que a água, mais lento que a água, porém nunca na velocidade da água
Caroline começou sua palestra dizendo que os participantes do Sou+Web, são aqueles que estão sempre antenados com o que acontece, o tipo de profissional que vai mais rápido que a água, fazendo referência a um ditado canadense que compara a canoagem ao modo de vida de cada um. Entretanto, ela acha que após o boom das redes sociais e o impacto que elas têm causado no marketing online, é hora de fazer uma análise mais profunda e ir mais lento que a água. Ela foi contundente quanto ao desejo das pessoas que hoje trabalham com tecnologia voltada para área de web e esperam que o mundo todo as entenda e acompanhe seus movimentos. Segundo Caroline, isso não acontecerá.
Confiança é tudo
Para Caroline, comunidades em redes sociais são construídas com base na confiança. Esse é um dos principais conceitos que validam e suportam a ideia das conversas na rede, o que chamamos de engajamento (engagement) atualmente. Caroline diz que "conversar não é perda de tempo", como as corporações costumavam pensar. E isso tornou possível a conexão de pessoas distantes geograficamente, mas que trabalham e conversam sobre os mesmos interesses.
Para quem não a conhece, a professora Caroline Haythornthwaite trabalhou por dez anos na I. P. Sharp Associates (IPSA), uma das maiores empresas canadenses em consultoria e serviços em TI nos anos 70 e 80 , desenvolvedora da linguagem de programação APL. Em, 1981, Caroline já usava um dos primeiros programas de email - o que a faz, em suas próprias palavras, se sentir um dinossauro geek. Além disso, ela trabalhou com o professor Barry Wellman, especialista em redes sociais. Em 1996, decidiu começar a carreira acadêmica e passou a ser professora da Universidade de Illinois, EUA. Uma das principais razões de sua vinda ao Brasil foi o estudo que escreveu sobre redes sociais que esse que vos bloga teve a oportunidade de conferir.
Mais rápido que a água, mais lento que a água, porém nunca na velocidade da água
Caroline começou sua palestra dizendo que os participantes do Sou+Web, são aqueles que estão sempre antenados com o que acontece, o tipo de profissional que vai mais rápido que a água, fazendo referência a um ditado canadense que compara a canoagem ao modo de vida de cada um. Entretanto, ela acha que após o boom das redes sociais e o impacto que elas têm causado no marketing online, é hora de fazer uma análise mais profunda e ir mais lento que a água. Ela foi contundente quanto ao desejo das pessoas que hoje trabalham com tecnologia voltada para área de web e esperam que o mundo todo as entenda e acompanhe seus movimentos. Segundo Caroline, isso não acontecerá.
Confiança é tudo
Para Caroline, comunidades em redes sociais são construídas com base na confiança. Esse é um dos principais conceitos que validam e suportam a ideia das conversas na rede, o que chamamos de engajamento (engagement) atualmente. Caroline diz que "conversar não é perda de tempo", como as corporações costumavam pensar. E isso tornou possível a conexão de pessoas distantes geograficamente, mas que trabalham e conversam sobre os mesmos interesses.
Comunidades x Aglomerações
As pessoas procuram suas comunidades, diz Caroline. Seja qual for seu nível de interação, as ferramentas que utilizam, os gadgets, as pessoas precisam dessa interação. É o seu espaço para discutir, propor e desenvolver ideias. Com a chegada da internet, esse sonho se tornou possível. Entretanto, quando todos pensavam que a única ideia de ação colaborativa na web se baseava nas comunidades e na interação que elas promovem, o termo crowdsourcing surgiu com força criando uma nova categoria, um novo padrão de interatividade online. Segundo Caroline, essas duas categorias de interação trabalham juntas, e muitas vezes se interceptam, embora os laços mais fortes garantam um comprometimento maior com a comunidade.
As pessoas procuram suas comunidades, diz Caroline. Seja qual for seu nível de interação, as ferramentas que utilizam, os gadgets, as pessoas precisam dessa interação. É o seu espaço para discutir, propor e desenvolver ideias. Com a chegada da internet, esse sonho se tornou possível. Entretanto, quando todos pensavam que a única ideia de ação colaborativa na web se baseava nas comunidades e na interação que elas promovem, o termo crowdsourcing surgiu com força criando uma nova categoria, um novo padrão de interatividade online. Segundo Caroline, essas duas categorias de interação trabalham juntas, e muitas vezes se interceptam, embora os laços mais fortes garantam um comprometimento maior com a comunidade.
O sempre relevante Roney B. fazendo uma pergunta - Foto Bruno Fontes
Para Caroline, o motivo pelo qual algumas comunidades desaparecem está no conceito que envolve os laços fortes e fracos. As comunidades com muitos laços fortes adquirem o capital social, que as transforma em formadores de opinião. Sobre as redes sociais no ambiente de trabalho, Haythornthwaite diz que as empresas terão que aprender a lidar com isso, pois se os empregados não falarem sobre elas nas redes sociais, falarão de outra maneira. Se você quiser ler mais sobre empresas que criaram suas próprias redes sociais, como uma forma de manter um certo controle sobre o que é abordado pelos empregados, aconselho uma olhada no e-book organizado pelo time da Dow Jones.
Perguntei a Caroline se aqueles que formam os laços fortes das comunidades poderão se tornar a nova mídia. Caroline disse que não é possível afirmar isso. O importante é notar que todos temos laços fortes em fracos em nossas redes, pois não podemos prestar atenção a tudo. Talvez isso explique o meu downsize nos RSS de blogs.
A TV além da TV
Perguntada sobre a melhor modelo para as emissoras de TV, Caroline afirmou que o que vai além dos programas é a melhor maneira de manter os espectadores ligados. As ações e comunidades que promovem os programas e que até dão mais informações sobre os shows podem e devem ser apoiadas.
Uma outsider falando sobre online marketing
Perguntei a Caroline o que ela acha das campanhas e ações online que têm movimentado o marketing online. Mencionei ainda a desastrada ação da Best Shop, comentada por Leandro Bravo, no Sou+Web anterior. Inicialmente, Caroline abordou a aspecto da venda online. Ela compra muito online. Segundo ela, banners não são a melhor solução para vendas online. "Aquelas coisinhas piscando não me atraem", diz. Mais uma vez, ela citou o componente da confiança para acreditar no marketing de um produto. Caroline acredita que as empresas devem observar o que falam sobre elas e avaliar os números a fim de reverter opiniões negativas, caso necessário.
Na minha opinião, o oitavo Sou+Web foi um dos melhores já feitos. Acredito que o diferencial foi a colaboração dos participantes, além da torcida de todos pra que tudo desse certo. Que venham mais e melhores.
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