sábado, 29 de agosto de 2009

Blogbooks vai transformar blogs em livros

Se você acha que seu blog dá um livro, se ligue no Blogbooks, uma ideia da Singular Digital, que vai transformar 12 blogs em livros. São 12 categorias, passando por quadrinhos, humor, sexo, política, entre outras. O blog mais votado entre os 120 selecionados será premiado com toda pompa e circunstância na Bienal do Livro, que rola agora em setembro, no Rio de Janeiro.

O primeiro Prêmio Blogbooks já é um sucesso. Em dez dias de campanha, o site recebeu mais de 45 mil visitas únicas, bombou no Twitter e já registrou mais de 12 mil votos. E você, quer ajudar a transformar seu blog favorito em livro? Se ligue e acesse: www.blogbooks.com.br




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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

França, Brasil e o marketing de livros

Nunca bloguei sobre o fato de trabalhar em uma editora.  Mas, acredito que esse post passou a ser pertinente, porque trabalho em  um mercado dinâmico e as estratégias para ele mudam quase que diariamente. Fico muito contente, e orgulhoso, pois a Ediouro acompanha essas mudanças e tem saído sempre na frente quando o assunto é tecnologia e estratégias em marketing digital. Contudo, pensei que ficaria desconfortável em escrever este post. Não quero que esse blog seja um canal "jabá inside", embora seja fato que trabalho para uma das mais respeitadas editoras do país e líder de mercado. Espero somente dar uma ajuda a quem enfrenta o desafio diário de vender livros no Brasil.

A pedido da minha amiga de Sou + Web, Marisa Lemos, resolvi comentar aqui no MeEmblogando um post que ela me enviou essa semana. Ele aborda a forma como o lançamento de um livro é feito na França e a diferença de pensamento das editoras francesas em relação as da Terra Brasilis.

Em resumidas linhas, o post afirma que, na França, o lançamento - assim como o planejamento do marketing de um livro -,  é feito de maneira bem diferente daqui no Brasil. Lá, 200 blogueiros comentam o livro - ainda em fase de manuscrito - e, com base na análise da repercussão das resenhas, todo o processo de promoção do livro é definido. Isto é, o livro não é promovido na grande imprensa, ou "dead tree society", como o autor do texto, Fernand Alphen, coloca.

Acho esse modelo super válido, pois ele dá credibilidade ao livro e à editora. As opiniões vêm de leitores e não de críticos literários acostumados a escrever o mesmo blá blá blá de sempre. A relevância gera credibilidade nos comentários e isso promove o livro positiva ou negativamente. Ou seja, não há enganação. Ou o produto é bom, ou não é.

Entretanto, esta estratégia também implica uma profunda quebra de paradigma. Muitos marketeiros no Brasil, acreditem se quiser, ainda pensam que mais vale um outdoor parado, caro, muitas vezes não lido, para divulgar um produto, do que uma boa ação de social media.

O mercado editorial aqui ainda padece da tirania da grande imprensa. É inegável que uma matéria em um grande veículo ainda mobiliza mais pessoas a conhecer um livro, mas uma ação focada em mídias sociais aproxima mais a marca de seus potenciais compradores. Quando um grande veículo fala de uma marca, a mensagem pode se perder, pois o campo de abrangência desse mesmo veículo é muito extenso. Porém uma ação bem planejada e direcionada provavelmente terá um impacto maior, porque seu público é definido. Vale lembrar que o modelo francês avalia o pré e não o pós. Isso significa que a editora ainda tem uma valiosa métrica em suas mãos para coordenar as ações que julgar necessárias. 

Para terminar, não acho que devemos promover uma guerra entre a grande imprensa e os blogueiros. Os grande jornalistas sempre serão relevantes. Entretanto, o modelo arcaico de promoção no Brasil ainda deve persistir por um tempo. Essa quebra de paradigma será lenta, como tudo o que acontece por aqui. Isso é cultural. Mas, como profissionais de marketing, não devemos desistir dela. Temos que aproximar cada vez mais os consumidores de nossos produtos. Usar as ferramentas que temos a nossa disposição com habilidade e alcançar o engajamento que desejamos. Afinal, é conversando que a gente se entende.

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sou + Web #9 - Especialistas, milk shake e uma gringa simpaticíssima

Que o Sou + Web é um dos eventos sobre internet e afins mais legal da atualidade, isso já está virando redundância. Na verdade, o que o S+W tem de diferencial é justamente o seu formato, em que todos, palestrantes e plateia, participam ativamente. Isso dá ao evento uma característica de debate aberto, sem censura e muito informativo pra quem vai.

A nona edição do evento aconteceu mais uma vez no auditório do curso de inglês IBEU, em Copacabana, no primeiro dia do mês. O tema foi SEM e SEO, as duas maiores febres da web no momento, que tem levantado cifras pra lá de interessantes, mostrando que o investimento em marketing digital só tem crescido e promete aumentar ainda mais. O moderador do S+W9 foi Lula Ribeiro da Módulo. Os debatedores foram Paulo Teixeira, Gustavo Loureiro e Robert Rodrigues.

"A web é cíclica " - Paulo Teixeira

Paulo Rodrigo Teixeira começou falando sobre o novo panorama do mercado, em que a publicidade tradicional vem perdendo espaço para a internet, com números consistentes. Segundo Teixeira, em 2007 foram investidos US$12,2 bi, só nos Estados Unidos. Em 2011, esse número deverá dobrar. A receita do Google  com publicidade em 2008 foi de US$ 5,7 bi.

Paulo nos contou que o que as empresas querem é visibilidade. Porém, a grande maioria das organizações não entende o que isso significa. Muitas preferem se perder em promessas milagrosas, para só depois contratar profissionais gabaritados, que fazem o trabalho como deve ser feito. Como conselho, além de fomentar cada vez mais os debates, sobre o tema, Teixeira propõe a criatividade como força-motriz, principalmente para ações de SEO (Search Engine Optimization - a otimização da busca orgânica nas ferramentas de internet, como Google, Yahoo, e Bing (Microsoft).

"As pessoas usam pouco ou não usam os relatórios do Adwords" 
"A sua marca não precisa estar na sua relação de palavras-chave em links patrocinados" - Gustavo Loureiro

Gustavo Loureiro falou sobre o perigos dos "sobrinhos" que trabalham em SEO. Ele contou sua experiência em uma loja de departamentos e sobre como ficou frustrado por causa da falta de conhecimento do cliente em relação ao trabalho de marketing de busca. Loureiro também tocou no ponto dos SEO's blackhat, aqueles utilizam técnicas ilícitas para atingir os primeiros lugares. Totalmente desaconselháveis.

Para Gustavo, antes de se trabalhar em otimização é necessário arrumar o site que se deseja promover, coisa que muitas empresas evitam fazer para não ter "trabalho". Segundo ele, as métricas ajudam muito em ações nos links patrocinados. Ele destacou que os usuários fazem mal uso dos relatórios de métricas do Adwords. "Não é só startar uma campanha no Adwords. É preciso analisar semana a semana. Analise as impressões. Especifique mais as palavras de acordo com os relatórios", afirma Loureiro.

O lado humano do SEO - Robert Rodrigues

Para Robert Rodrigues, analista da agência Frog, mais importante que os h1s, robots, sitemaps e metatags da vida, é importante entender como o consumidor pensa, antes de se elaborar uma campanha de SEO. Muitas vezes, as palavras-chave certas na otimização de sites estão nas perguntas dos consumidores. Para ilustrar esse pensamento, Robert trouxe um case de dois livros da Ediouro, editora atendida pela Frog. Ele destacou os livros: Como escrever um livro, que é muito bem sucedido na busca orgânica, e Você já pensou em escrever um livro?, que não aparece bem nos buscadores. Segundo Robert, "Como escrever um livro" é uma pergunta feita muitas vezes pelo consumidor. Isso promove uma otimização espontânea, ajudada pelo próprio consumidor que deseja a resposta a essa pergunta.

Segundo Robert, nenhuma ferramenta de busca deve ser desprezada. Ele citou o exemplo do blog do Fred Pacheco, diretor comercial do BooBox. No Bing, o blog de Pacheco é o primeiro quando se busca por marketing online. Entretanto, no Google, o mesmo blog tem a posição 286º. Isso revela que há critérios claramente diferentes nos buscadores. Além do Bing, Robert acredita que o Google não é tudo. Devemos valorizar outros canais de busca, tais como YouTube, Flickr, Twitter etc.

"O mundo vai mudar e o SEO também"
"O Brasil chegou antes às mídias sociais" - Sara Holoubek

Sara Holoubek é presidente da SEMPO, organização que promove o SEO  e SEM globalmente. Ela falou do início do SEO/SEM nos Estados Unidos e da ausência de informações dos clientes; a falta de transparência do mercado, semelhante ao que ainda enfrentamos no Brasil, atualmente. Para Sara é importante compartilhar informações,  ajudar o crescimento do mercado e, fundamentalmente, ser mais transparente com o cliente. "Um cliente que sabe mais é um cliente que gasta mais", afirma. 

Vale a pena ainda destacar a excelente questão levantada por Vanessa Nunes, especialista em Mkt Digital, que abordou o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Algo a se pensar, com certeza. Gerou polêmica.

Quem mais falou sobre o Sou + Web 9

Jornalistas da Web
9º #soumaisweb - SEM SEO NÃO DAH!
Blog do Enrico Fonseca

Participantes relevantes na plateia

Marisa Lemos, entre outros

Crédito da foto - Bruno Fontes: Lula Ribeiro (no fundo), Gustavo Loureiro (à esquerda), Robert Rodrigues, Sara Holoubek, Nino Carvalho (organizador) e Paulo Teixeira.

Se você blogou também, coloque o link no comentário.

O próximo S+W, o décimo, deve tratar de direitos autorais e Creative Commons. Vamos aguardar!