No momento em que a Thomas Nelson Brasil prepara o seu grande lançamento do ano, com o livro de Gustavo Cerbasi, tomo a liberdade de usar o título da obra para ilustrar esse texto.
Com as recentes discussões sobre os biocombustíveis, o presidente Lula virou o embaixador oficial do etanol brasileiro para o mundo. Não sou fã do nosso "ilustre" chefe de estado há muito tempo, mas tenho que admitir que seus discursos mundo afora têm um fundo de verdade. Lula propõe que o modelo do etanol brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar, seja adotado pelo resto dos países, mas esbarra nas críticas das nações mais ricas, que acusam o Brasil de desmatar grandes áreas para o plantio da cana, promovendo a produção de etanol às custas de crimes ambientais.
É fato que o desmatamento das florestas nacionais é uma questão que merece muito mais respeito das ditas autoridades brasileiras, mas também é indiscutível que, aqueles que criticam o nosso trato com as questões florestais reduzem muito as chances de uma distribuição de comida mais justa por todo o mundo.
O protecionismo dos países ricos, que mantém os subsídios agrícolas aos seus agricultores, não permite que haja uma competição de preços. Os produtos de países emergentes, como o nosso, não conseguem penetração no primeiro mundo. Assim, os ricos continuam ricos e os pobres continuam mais pobres. Como dizia o saudoso Chico Science: "o de cima sobe e o de baixo desce".
A essa altura você pode estar se perguntando o porquê do título. Explico. O investimento inteligente no etanol brasileiro é garantido pela proteção ao meio ambiente, com um combustível menos poluente, e ainda mais barato que os derivados do petróleo, esse sim, o grande vilão ajudado pela especulação financeira internacional, que faz com que o preço do barril suba mais e mais a cada dia. Se todas as nações se dispusessem a entrar na onda dos biocombustíveis, daríamos um grande passo. Como não acredito mais em Papai Noel, sei que os países ricos não seguirão essa tendência. Mas, dizer que o aumento no preço dos alimentos é culpa do uso de produtos agrícolas para a produção de etanol é covardia.
O outro investimento inteligente, sempre válido, é nas pessoas. Um mundo com mais alimentos para todos é a certeza de vidas menos miseráveis, ou seja, mais felizes. Vale a pena investir em algo bom para os que nada tiveram até hoje.
Pra terminar, cito o eterno sonhador: "you may say I'm a dreamer but I'm not the only one..." E que venham mais investimentos inteligentes.
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Método Projeto X
Há 2 anos
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