Poucas vezes começo um texto pelo título. Acho que de acordo com o andamento das coisas, o próprio texto vai tomando conta de mim e delineando o caminho até o título mais preciso. Porém, desta vez resolvi mudar. Primeiramente, pensei em "ninguém é insubstituível", mas achei cliche demais. Pensei em outros e acabei ficando com este que você vê aí em cima.
Sim, todos aqueles que perseveram e trabalham têm o seu momento e local de brilhar. E com o levantador da seleção masculina de vôlei, Marcelinho, não foi diferente. Por muitos anos reserva do time de Bernardinho, Marcelinho - alvo de críticas e desconfianças de muitos - provou ser da elite do vôlei mundial, conquistando a Copa do Mundo, no Japão, domingo (02).
Poderia ficar aqui enumerando os vários motivos pelos quais o Brasil é imbatível no vôlei masculino, mas vou ficar somente com um: amizade. Ela esteve presente em cada beijo que o atacante Giba dava em seus companheiros. Em cada olhar dos jogadores, mostrando que o time joga por prazer e não somente pelo dinheiro, como tentou insinuar o ex-levantador títular, Ricardinho.
Ele tentou manchar a imagem da seleção, dizendo que a Família Bernardinho era uma falácia e que nada que víamos era real. Logo, ele, Ricardinho, um gênio do esporte, jogador com um poder ímpar de dar à bola uma aceleração que bloqueio nenhum pode acompanhar. Um levantador de jogadas mágicas em que, às vezes, precisamos de replay para entender o que ele faz? Que pena, Ricardinho.
Pena para ele e bom para Marcelinho, que pode não ter o mesmo prestígio que seu antecessor, mas teve muito mais que isso. Mostrou ter hombridade para segurar a pressão, defender o grupo e não atacar o ex-companheiro. Mostrou, ter serenidade para esperar o momento certo - contra a Rússia, em uma partida memorável -, para brilhar e garantir a vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim. Enfim, Marcelinho mostrou a todos nós o poder da máxima; e que se dane se é cliche ou não: ninguém é insubstituível, mesmo.
Método Projeto X
Há 2 anos
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